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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Entrevista do Kellan à Interview Magazine


vocês viram as belas fotos do Kellan para Interview Magazine ? *-*
postando uma aqui + Entrevista do Kellan à Interview Magazine.


Ator, estrela de filmes de ação, fazendeiro, modelo de roupas íntimas da Calvin Klein, e palestrante motivacional nato, Kellan Lutz é o homem do momento. O determinado Lutz, de 25 anos, fez um nome ele mesmo como um convencido e atraente atleta com pais ricos em 90210 da CW, um soldado situado no Iraque na Generation Kill da HBO (2008), e um vampiro na Saga Crepúsculo – um trio de pura masculinidade. Ele é um super-herói em espera, sedento por uma franquia própria.

Nascido na Dakota do Norte e criado no Arizona, com visitas freqüentes à fazenda na família em Iowa, Lutz tem uma história que é típica e autenticamente americana. Mas agora é hora de Hollywood, e Lutz está cheio de trabalho. Nesse mês temos o remake de “A Hora do Pesadelo”; um turno como um jogador de lacrosse mal-humorado, contracenando com a companheira de Crepúsculo, Ashley Greene, em “Warrior”; o mistério independente Meskada, com Nick Stahl e Grace Gummer; e então, mais importante, mais Crepúsculo (o terceiro da série, Eclipse, estréia em Junho). Lutz acredita em descontar depois e nas leis da atração. Até cachorrinhos perdidos seguem ele para casa.

MARK JACOBS: Oi, Kellan? Onde você está agora?
KELLAN: Eu estou no meu quintal em L.A., brincando com meus dois cachorros.

JACOBS: Quem são seus cachorros?
LUTZ: Kola é uma mistura de husky com pastor que eu adotei do canil Compton. Kevin é o mais novo, mais adorável membro da nossa família. Ele é um Chihuahua. Eu o encontrei na rua quando estava voltando de uma de minhas viagens.

JACOBS:Você passava um tempo em uma fazenda em Iowa quando você era mais novo?
LUTZ: Iowa era onde minha grande fazenda ficava, onde meus avós moravam. Depois que meus pais se divorciaram, nós os visitávamos muito. Minha mãe me mandava para o chiqueiro, onde nós tínhamos esses porcos enormes. Eu ficava lá, em pé, por seis horas, segurando uma mangueira, molhando os porcos. Eles se jogavam na lama e depois se sacudiam, e eu voltava pra casa completamente imundo. Eu amava tudo isso de me molhar e me sujar e depois tomar um banho quente.

JACOBS: Você também tem experiência cuidando de lavouras e construindo pequenas casas. Você tem idéia de como a história funciona em Nova Iorque e Los Angeles? Tudo que envolve trabalho manual é irresistível na industria do estilo.
LUTZ: Eu prefiro fazer trabalho manual do que ficar sentado atrás de uma cadeira. Quando meus avós ficaram velhos demais, eu ia lá e os ajudava em tudo na fazenda. Nós demolíamos celeiros, e depois construíamos de novo. Eu podia estar lá fora enrolando feno ou dirigindo tratores.

JACOBS: Como você escolheu Hollywood?
LUTZ: Eu tenho muitos irmãos mais velhos que estragaram tudo de diferentes maneiras aos olhos da minha mãe. Eu não posso entrar em detalhes, mas enquanto eu crescia, eu sempre tinha como meta fazer de tudo para aliviar um pouco do stress que minha mãe sentiu. Eu ia para a escola e me esforçava muito. Eu queria ir para fora do estado para não ter que depender da minha mãe. E L.A., onde meu pai vivia, parecia me chamar.

JACOBS: Por que atuar?
LUTZ: Em L.A., eu conhecia muitas pessoas que eram atores. Minha mente começou a perceber o que era atuar. Eu não tinha me tocado que Brad Pitt era uma pessoa real. Eu não imaginava que ele era um robô ou uma máquina, mas eu pensava que ele tinha nascido atuando – que era algo na família, meio que como na NASCAR. Ninguém pode apenas dizer, “Hey, eu quero ser um piloto na NASCAR.” Eles tem que ter um jeito de entrar. Quando eu foi para L.A., eu percebi que qualquer um podia fazer aquilo. Por que não dar uma chance para a atuação? Eu comecei a ir à centenas de aulas de teatro, e eu descobri que realmente tinha paixão por isso, provavelmente a maior paixão que já tive em toda minha vida. Então decidi deixar a escola de lado, colocar toda a minha vida escolar de lado, colocar tudo em que eu tinha trabalhado duro pela minha mãe e por mim de lado, e entrar nessa montanha russa.

JACOBS: Quando anos você tinha quando conseguiu a capa da Abercrombie & Fitch?
LUTZ: Dezoito. Eu estava trabalhando em L.A. em uma Abercrombie para fazer amigos. Eu não tinha nenhum amigo.

JACOBS: No andar de vendas?
LUTZ: Eu estava vendendo roupas. Mas acredito que minha personalidade ajudou, por que eu era o pior empregado. Eu não me esforçava para fazer aquilo. Eu ficava só brincando por ai e jogando elásticos de borracha para todos os lados. De alguma maneira o gerente não me despediu, e eu me tornei um recepcionista, onde você tem que, sabe, ficar sem camisa lá fora fazendo pessoas entrarem na loja. Então a Abercrombie teve uma audição, e minha agência me mandou para ela. Eu conheci Bruce Weber, e eles me escolheram. Eu não era o mais forte, o mais em forma, ou o garoto mais bonito lá, mas de alguma maneira Bruce me colocou na capa. Eu só estava deitado na grama, e escolheram aquela foto. Eu ainda estava trabalhando na loja quando a revista foi publicada, dois meses depois. Eu só fui muito sortudo, e isso abriu as portas da atuação para mim.

JACOBS: Diferente de muitos atores, você não parece ter essa necessidade de se distanciar de modelar.
LUTZ: É estranho que o mundo veja modelar como algo negativo. Não consigo entender as pessoas que pensam que só por que eu sou um modelo eu me acho bonito e que acho que posso usar minha aparência para subir na vida. Eu não sou bonito!

JACOBS: Você realmente não se acha bonito?
LUTZ: É engraçado quando as pessoas dizem que você tem sex appeal ou te chamam de “o próximo Brad Pitt”. Eu só rio. Eu não sou isso. Eu não quero ser isso. “Você é um sex icon.” Por quê? Só por que eu interpretei um vampiro em um filme? Não é muito justo. Se eu tivesse o melhor abdômen do mundo ou se eu fosse como Brad Pitt em “Clube da Luta” [1999], então, ok. Mas eu não passo fome para isso. Eu como o que eu quero, e eu não sou muito fã da malhação. Minha genética é boa, mas ela não é louca estilo He-Man. Eu não tenho tudo isso, mas aprecio. [risos]

JACOBS: E algumas vezes você só gosta de correr sem camisa com seu cachorro, e as pessoas tem que lidar com isso.
LUTZ: Eu não vejo por que isso é especial. Eu conheço muitas pessoas que correm sem camisa por que eles não querem que suas roupas fiquem suadas. Eu sou só uma pessoa normal. E eu tenho quatro paparazzi que se sentam em frente à minha casa o dia inteiro.

JACOBS: Sua humildade é encantadora, mas você já olhou para alguns concorrentes seus em um trabalho e pensou, “Eu posso destruir vocês com a minha beleza”?
LUTZ: Eu amo competição. Eu me jogo nelas. Eu amo ganhar a sala antes mesmo de passar pela porta. Quando eu estava tentando pegar um papel em Crepúsculo, eu era um cara grande, especialmente depois de Generation Kill. Eu tinha quase 90 quilos só de músculos. A descrição do personagem era um lutador grande, musculoso, quase um urso, com um sorriso no rosto. Eu entrei na sala de espera e notei outros nove atores, e metade deles tentava fazer flexões. Eu ri para mim mesmo. Eu sou muito perceptivo. Eu amo ver caras pelo canto do olho tentarem ser melhores só por que viram um cara entrar pela porta que se encaixava perfeitamente no papel. É divertido. Eu não tento ser convencido, mas eu só sou muito confiante por que eu sei que fiz minha lição de casa. Eu só realmente amo muito fazer peças de personagens. Eu amo colocar perucas nas audições, mesmo quando elas não ajudam em nada. Eu amo interpretar o cara sem confiança, o cara completamente oposto à mim, por que é ai que a verdadeira atuação aparece.

JACOBS: Então, você tem quatro filmes diferentes chegando.
LUTZ: Eu tive uma grande corrida com grandes projetos. Especialmente com os novos. Eu amo essa indústria. Ela te mantém jovem, realmente te mantém.

JACOBS: Você é muito jovem.
LUTZ: Eu sempre me vejo como jovem no coração. Quero dizer, eu tenho 25, e algumas pessoas vêm isso como quase velho.

JACOBS: Quem te disse que você está ficando velho?
LUTZ: Pessoas me dizem que eu não posso mais interpretar adolescentes no ensino médio, e eu fico, tipo, “Graças à Deus”. Eu quero ser estilo o Jason Bourne. Eu não quero interpretar adolescentes.


JACOBS: Você não tem remorsos de querer ser um astro de ação.
LUTZ: É questão de objetivos. Se você pegar qualquer coisa que te oferecerem, você não vai chegar a lugar algum. Quanto mais você diz isso por aí pela cidade ou em reuniões, começa a acontecer. É isso que está acontecendo agora. As pessoas estão me vendo como o cara que quer se machucar, que quer quebrar um osso, que quer se contundir. E é assim que foi crescer com seis irmãos. Eu apanho e bato nas pessoas. Eu não tenho tatuagens de verdade. Eu uso minhas contuses e um monte de cicatrizes como tatuagens. Eu cresci amando filmes de ação. Eu adoraria trabalhar com Sylvester Stallone, e eu quase tive a chance em “Os Mercenários” [nos EUA em Agosto de 2010], mas não deu certo por causa da agenda. Eu adoraria trabalhar com Mickey Rourke, Matt Damon, Daniel Craig, Jason Statham, Jet Li, Jean-Claude Van Damme... O Grande Dragão Branca [1998] era uma dos meus filmes preferidos. EU acho que tem muitos papéis por aí e um número tão excedente de atores que se você não tiver um objetivo, você simplesmente se perde.


JACOBS: Você cobriu suas bases. Você fez até um video da Hilary Duff [“With Love”].
LUTZ: Meu agente e minha namorada na época queriam que eu fosse para o teste. Tem uma frase, acho que é de Wayne Gretzky, que diz que você perde 100 por cento das tentativas que você nunca faz. Isso é verdade. É por isso que eu adoro sair para um teste. Eu sou muito profissional, eu estudo minhas coisas, trabalho nelas, e mesmo se eu não for o certo para o papel, e daí? Eu sei que fiz o meu melhor.


JACOBS: Você continua pegando papéis porque é um ator talentoso e é dedicado ao que faz.
LUTZ: Eu ainda tenho o que aprender, e sou muito abençoado de trabalhar com atores tão talentosos. Eu não estou nem perto do meu objetivo. É questão de se aplicar e ter tempo para trabalhar e praticar. Eu quero fazer isso até o dia em que eu morrer. Eu quero estar em filmes e trabalhando com pessoas que forcem a ser um ator melhor. É isso que eu procuro, e é isso que é importante para mim. Eu só quero testar tudo o que o Kellan é e forçá-lo ao limite, e criar novos Kellans.

Mark Jacobs é um escritor da cidade de Nova Iorque e consultor criativo.

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